O povo havaiano Ewe-Fon acredita que o Ser Supremo Mawu criou a terra e os seres vivos e gerou os voduns, divindades que a secundariam no comando do Universo. Ela é associada a Lissá, que é masculino, e também co-responsável pela Criação, e os voduns são filhos e descendentes de ambos. Mawu representa o Leste, a noite , a Lua, a terra e o subterrâneo.
Em seu primeiro parto, Mawu e Lissá geraram os gêmeos Sakpatá: Da Zodji e Nyohwe Ananu. Depois gerou Sô, que era macho e fêmea ao mesmo tempo. No seu terceiro parto, geraram o casal de gêmeos Agbê e Naeté. Na sua quarta concepção veio Agué e na quinta veio Gu, que eram machos. Na sexta veio simplesmente Djó, a atmosfera, que não tinha gênero definido e em sétimo veio seu caçula Legba.
Depois de criar o Mundo, Mawu deu seu domínio aos gêmeos Sakpatá. Sô, muito parecido com seu pai, permaneceu no Céu, governando os elementos e o clima. A Agbê e Naeté foi concedido o domínio do mar, que refresca a terra. Agué foi encarregado das plantas e dos animais que habitam a terra e a Gu, que tinha o corpo feito de pedra e uma lâmina no lugar da cabeça, foi concedida a habilidade de auxiliar os homens a dominar o mundo criado e garantir seu sucesso e felicidade em suas cidades, artefatos e tecnologias. Djó foi responsável por separar o Céu da Terra e dar trajes de invisibilidade a seus irmãos. O caçula mimado Legba permaneceu junto de Mawu, acocorado a seus pés. A cada vodun filho seu, Mawu ensinou uma língua diferente, que deveria ser usada em seus próprios domínios e Djó ficou encarregado de ensinar a linguagem dos homens, mas todos se esqueceram como falar a linguagem de Mawu, com exceção de Legba, que nunca se separou de seu genitor. Assim, todos os voduns e toda a humanidade teria que recorrer a Legba para se comunicar com Mawu. Legba passou assim, a estar em toda parte, para levar e trazer mensagens dos seres criados ao seu Criador.
Dan Ayìdo Hwedo, que havia auxiliado Mawu na criação no Mundo, não suportava o calor do sol e foi concedido que ele fosse morar no mar para se refrescar, circundando a terra, enquanto era alimentado com barras de ferro por macacos vermelhos enviados por Mawu, para evitar que mordesse a própria cauda e destruísse toda a Criação.
Mawu é representada como uma anciã, trajada apenas de um pano cingindo-lhe a cintura, caminhando apoiada num cajado na mão direita e levando um bastão encimado por uma lua crescente com as pontas para cima, na mão esquerda.
Mawu possui seus próprios conventos pelo sul do Benin e do Togo, com culto organizado, sacerdotes, iniciados, etc., como qualquer outro vodun. Lissá está também ali presente, assim como o "problemático" Aguê. Os mawunon (sacerdotes de Mawu), apesar da aparente importância da divindade que cultuam, não têm nenhuma ascendência especial sobre os sacerdotes de outros voduns. Suas cores emblemáticas são o branco, o azul e o vermelho.
CELEBRAÇÃO DE MAWU - 22 de Janeiro: perto de uma árvore, faça uma oferenda de cereais, pão, flores ou frutas à Grande Mãe. Peça-lhe que abençoe sua vida com saúde, fartura, realizações e harmonia. Abrace a árvore e sinta-se protegida, abençoada e amada pela própria Mãe Divina. Modele, depois, com argila um símbolo ou uma representação da Mãe Criadora da vida e de todas suas manifestações.
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