O conteúdo abordado foi inspirado no documentário do History Channel, Deuses e Deusas. Para quem desejar assistir ao documentário completo online, clique aqui.
Édipo, o destino e as Deusas Cloto, Láquesis e Átropos
A questão do destino pessoal versus o papel do livre arbítrio era de tamanha importância para os gregos antigos que eles personificaram o destino na forma de três Deusas: Cloto, Láquesis e Átropos. Seus nomes significam, respectivamente, a tecelã, a distribuidora e a sem retorno. Elas teciam uma trama para cada pessoa que nascia e determinavam como sua vida iria terminar.
Por outro lado, vemos que o destino é um poder além dos Deuses. Os Deuses se curvam ao destino em vários casos. Podemos olhar a história de Édipo e falar sobre destino. Ele estava destinado a matar o pai e a desposar a mãe? Sim. O que isso significa? Que ele não tinha livre arbítrio? Não, não é isso. Significa que era isso o que ia acontecer.
Os gregos viam o funcionamento do mundo de forma complexa. Os deuses controlavam a ação dos humanos, ou tinham influências sobre elas, mas os humanos também podiam controlar seus destinos e produzir vários efeitos. Era uma relação estranha entre controle divino e humano. E sabe do que mais? Eles adoravam essa ambiguidade! Assim sendo, os gregos antigos chegaram ao acordo de que não havia garantias na vida. Algumas de suas preocupações parecem assustadoramente familiares hoje em dia.
A Guerra de Troia
A consciência dos gregos de não podermos ter muitas gerações na Terra ao mesmo tempo vem expressa no mito da Guerra de Troia, que diz que a Terra tinha gente demais, e pedia que Zeus aliviasse esse fardo. Então, Zeus criou a Guerra de Troia para se livrar do excesso.
As Graças e As Musas
Entre as divindades, havia dois grupos de adoráveis irmãs que habitavam o Monte Olimpo: As Graças e As Musas. As Graças tinham beleza, charme e gratidão ao mundo dos mortais. As Musas tinham um profundo impacto em como as gerações transmitiam os contos de Deuses e Deusas e a saga de toda uma era através da tradição oral. De seu elevado patamar, Elas desciam até a Terra para ensinar história, astronomia e artes. Cada uma das nove Musas de um assunto em particular, geralmente ligado às artes e à ciência. Por exemplo, Cleo, a Promulgadora, era associada a poesia épica e era a musa da história. As musas são conhecidas porque temos palavras como "museu", derivada de "musa" na nossa língua contemporânea e em grego também. As histórias gregas são sobre essas coisas, que as pessoas consideram importante. Não teriam persistido se fosse assim. Se histórias são recontadas por milhares de anos, deve haver algo nelas que faça sentido para as pessoas que as escutam através de gerações.
A fé grega
Havia sinais do Divino por toda parte. Para os gregos, os Deuses eram tão reais quanto o campo que aravam e as famílias que constituíam. A quantidade de pequenos templos ao redor da cidade de consagração a Deuses e de grandes santuários demonstra uma forte crença nos Neles. A vida era sentido como algo incerto, e era necessário ajuda para dominar os poderes do mundo e tê-los a seu lado para estar seguro.
Do nascimento até a morte, e de estação em estação, cada fase da vida humana se entrelaçava entre os Deuses. Onipresentes como eram para os gregos antigos, os mesmos Deuses nem sempre eram bem conceituados na Terra. Há 3.000 anos, a Grécia era uma colcha de retalhos de cidades-estados independentes, unida por uma língua, cultura e comércio em comum. Mas enquanto divindades como Zeus, Prometeu e Deméter eram respeitados nas diversas 700 cidades-estado, cada cidade e vila tinha seu próprio Deus. A Grécia era repleta de Deuses, deuses talvez desconhecidos no próximo vilarejo. Cada riacho, cada fonte de água fresca, algo muito apreciado no clima seco da Grécia, tinha sua própria divindade. As colinas dividiam vilarejos e povos, então cada vilarejo tinha seus deuses e heróis favoritos.
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